sábado, 31 de agosto de 2013

Linhas Escritas # A Menina Que Roubava Livros





A minha relação de amor com os livros é antiga, tão antiga como a relação com os trabalhos manuais. Na verdade, estes dois amores estão tão imbricados que não consigo separá-los ou hierarquizá-los.

Lembro de passar longas horas perdidas nas páginas de Monteiro Lobato, do prazer de viajar nas aventuras dos seus personagens, das primeiras leituras “proibidas” da adolescência... Meu mundo tão pequeno de menina do interior se ampliava e ganhava novas dimensões.

O mundo da protagonista deste lindo romance de Markus Zusak também era pequeno, porém oprimido pela Segunda Grande Guerra, pelo abandono, pela morte, pela solidão. Liberdade e cor, só nos livros. Artigos de luxo para uma órfã como Liesel, para lê-los era necessário roubá-los.

Este romance é, em uma única palavra, que já vou antecipar: I-M-P-E-R-D-Í-V-E-L!

Se você, como eu, ama livros, literatura, romances históricos, vai adorar este livro e derramar algumas lágrimas...

Texto de Divulgação

“Ao perceber que a pequena Liesel Meminger, uma ladra de livros, lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. A mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler. Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade. A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História.”

Boa leitura!


domingo, 25 de agosto de 2013

Presentes do 38º aniversário




Esse aniversário marcou uma mudança na mim. Sempre fui imediatista, ansiosa, sempre querendo antecipar as surpresas, controlar todos os cordões da minha vida. Parece que isso começa a mudar findos estes primeiros 38 anos...

A Valérie, minha querida amiga francesa, me enviou um envelope e instruções detalhadas: não abrir antes de 10 de Julho. O mesmo fez outra querida, só que portuguesa, a Rita. Ai, Jesus! Que desafio!!!!!

Conhecendo-me há bons 20 anos, meu marido começou a rir do meu desespero. “E aí? Você vai abrir?” Foi neste momento que esta pequena transformação aconteceu: “Não! Vou esperar o meu dia!”

Guardei os envelopes bem no alto, afinal o que os olhos não veem o coração não sente, concordam? Esperei pacientemente a chegada do dia 10 e, nesta manhã, pude, com calma, apreciar todos os mimos que estas meninas tão especiais me enviaram.


 

Da Valérie, um pouco da França com suas cores, texturas, cheiros, imagens. A delicadeza desta francesinha não tem limites, tudo pensado em mim, nos meus gostos, nas minhas necessidades. Obrigada, querida, pelos presentes, por suas palavras generosas e por esta amizade tão delicada. Nosso encontro não tardará!




Da Rita, mais um exemplo de sua arte em scrapbooking, da qual sou fã, além de um delicado pano bordado como os de antigamente. Rita, ganhei meu dia com suas palavras carinhosas e com sua amizade. Obrigada, linda!



Da minha irmã, que acabara de chegar do Chile, um conjunto de retalhos e botões de madeira. É ou não é especial uma amizade como esta? Minha irmã estava de férias com a família, mas se preocupou de me trazer algo que sabia ser “minha cara”: artigos para patchwork.



Por fim, algo absolutamente indispensável para qualquer crafter do patchwork, engenhosamente criado e executado pela Gislene: uma mini tábua de passar! Não é fofa e útil? Amei e já a estou usando, facilitou minha vida horrores! Obrigada, amiga!

Falta chegar apenas uma girafinha linda, enviada pela Nia, feita com pontinhos de fadas e agulha de crochê. Amigurumis são fofuras que eu, definitivamente, preciso tentar um dia! Nia, mal posso esperar por Mr. Postman!

E então? Foi ou não um aniversário especial??


domingo, 18 de agosto de 2013

Panos de Prato para uma cozinha masculina





Tenho uma amiga, a Aninha, que se mudou recentemente para Santa Catarina. A despeito da saudade que todos sentimos, ela pediu que “tomássemos conta” do filho, Lucas, que ficaria por aqui, estudando.

Para o Lucas, decidi fazer uns panos de prato, já que ele agora comandará a própria cozinha. Para facilitar a vida do rapaz, os panos têm um jeitão mais simples e, como diria o Gui, “desdetalhado” (sem muitos enfeites. Lol).

Uma única combinação de estampas e outros dois apenas com a barrinha simples em crochê.

O Lucas começa uma nova etapa na vida, assim como a Aninha. Do meu turno, morar sozinha, na Capital, desde os 15 anos, ajudou a consolidar minha personalidade e, decididamente, me tornou uma pessoa mais forte e independente.

Para os leitores de fora do Brasil, ressaltar esse fato pode parecer exagero, mas a verdade é que os filhos brasileiros têm hesitado cada vez mais em sair de casa e perder os confortos da vida em família...

Como será quando meus pequenos passarinhos decidirem voar?


domingo, 11 de agosto de 2013

Série Cupcakes SODA


Recebi vários alertas: Soda vicia. Não dei muita importância, subestimei os avisos... Hoje, felizmente, sou mais uma dependente destes gráficos japoneses!

Aliás, recebi alguns comentários curiosos sobre o que seria SODA. Não sei explicar muito bem, entendo que seja um estilo, um design que vem do Oriente. Gosto muito dos detalhes, da forma como as cores e os contornos são aplicados.

Comecei devagar, com gráficos pequenos, bordando separadamente os itens do que, originalmente, seria um quadro com vários tipos de guloseimas.

Bordei o primeiro pedaço de bolo, mostrado aqui. Depois, continuei com os pequenos cupcakes que não têm mais que 5cm de diâmetro.

Blueberry:


Strawberry: 


Green Tea:


Vanilla:


Cookie:


Não são absolutamente fofos?! Tenho estes pequenos pedaços de linho e algumas idéias, mas ainda não sei exatamente o que farei com eles... O que me sugerem?


domingo, 4 de agosto de 2013

PAP - Sacola retornável (ecobag) com bordado aplicado





No aniversário do blog Margaret Sherry Lovers tivemos a oportunidade de participar de uma troca com tema livre. Optei pelo casal apaixonado, lembram?

Escolhido o bordado, faltava escolher onde aplicá-lo.

Todo mundo que me visita ocasionalmente já ouviu minhas reclamações sobre o Correio brasileiro... Pagamos caríssimo por um serviço sofrível! Como pode? Assim, os itens que costumo enviar para fora do país precisam ter embalagens otimizadas. Algumas pequenas coisas fazem uma enorme diferença no custo do envio...

Como eu remeteria meu bordado e os demais itens da troca para a Judith, que mora na Alemanha, pensei em algo útil e fácil de embalar.

A ecobag me pareceu uma boa solução, tendo em vista sua utilidade. Decidi confeccioná-la em algodão rústico, daqueles usados para fazer forros de bolsas e bolsos, sem muitos detalhes, para realçar o bordado.

Pensei em aplicar o bordado como um bolso quadrado, mas quando o tirei do bastidor, a marca redonda no tecido me pareceu convidativa. Eu apenas recortei o tecido na forma arredondada, fiz os picotes, alinhavei e, por fim, costurei ao tecido, no parte da frente.







A ecobag foi super simples de fazer. Um retângulo dobrado ao meio, costurado nas laterais. De cada lado, costurei as alças e fiz o acabamento.


 

O único detalhe extra foi a costura nos cantos, na parte de baixo, para deixar o fundo da bolsa quadradinho.




Por último, fiz uma etiqueta do mesmo tecido com o nome da Judith bordado e um pequeno coração, só para dar um charme.




Vocês encontrarão inúmeros modelos de bolsas na internet e muitos vídeos ensinando a costurá-las. O meu jeito foi um tantinho mais intuitivo, mas gostei muito do resultado final.

Minha irmã disse que jamais usaria a ecobag como sacola retornável, por causa da delicadeza do bordado! Lol Mas eu espero que ela seja útil de alguma forma para a Judith.



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